quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Aliança eterna



taça que ganhei da irmã amada
que partiu dessa vida tresloucada
flores da praça mal cuidada
laços  das sobras do Natal
Aline  segura pra mim
Deus do amor sem fim ...

segunda-feira, 25 de maio de 2015

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Poetigrafando

Simplesmente gente
Gente que faz florzinha
Gente que vive na cozinha
Gente que fez uma viagenzinha
Gente que não está sozinha
Gente que é boa companhia
Gente de seus pequenos prazeres
Gente que vive dos seus afazeres
Gente que chegou lá
Gente que está a navegar
Gente prestes a se afogar
Gente que atravessou o mar
Gente que vive a murmurar
Gente que passou no vestibular
Gente que muito amou
Gente que até se mudou
Gente que se perguntou
Gente que respondeu
Gente que é gente
Por aqui viveu ...
Verônica Ortega

domingo, 5 de abril de 2015

Frágeis

por verônica ortega
As várias facetas do ser humano são invadidas pelas águas do mar da vida.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sombras

Quando passei
 Desconfiando até
 Da minha sombra
Uma clausura se abriu
Monge tibetano
Para mim surgiu

domingo, 25 de janeiro de 2015

Dia do carteiro !



Hoje é dia do carteiro e me vem à memória da minha adolescência, quando chegava a carta tão esperada ...
A cor, a sacola, os envelopes nas mãos: era uma figura  poética ...



ninguém mais me envia carta
a vida ficou sem graça
com essa tal de tecnologia
os papéis ficaram invertidos
os e-mails vão chegando
e não vemos o carteiro
ele foi embora primeiro
fazer um curso de nostagia
pra que seja lembrado um dia

A fotografia da casa simples e poética do bairro. Parece que Deus mora alí ...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Camila

Camila arrastava
 Uma árvore de Natal
Vestido singelo
Na rodovia empoeirada
Devia estar na escola
Disso ninguém se importava
Os carros businavam, era final de ano
 Pressa pra lá e pra cá
A pobre menina a viajar
Olhinhos tão lindos, um futuro na mão
Natal pra ganhar uns trocados
 Nem ceia tinha pra comer
Pão de cada dia sem nenhuma novidade
Mas como é triste essa  cidade






terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Esperando aviões



Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações

wander  lee


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Coisas simples da vida ...

Caminhando em meu bairro colhi matinhos e flores" sem valor ". Coloquei-os no bule antiguinho que ganhei de uma pessoa muito especial; com direito a crochê vermelhinho encantando a tarde de Natal .

vasinho de flor
esquecida pelo chão
ganhou lugar de honra
   em meu pobre coração